No Distrito de Saúde Leste, um dos cinco existentes em Campinas, a dupla visitou a Unidade Básica de Saúde Boa Esperança, localizada no bairro Jardim Boa Esperança, onde conheceram as três Agentes de Saúde que estavam à época do projeto. Além disso, conheceram uma família de catadores que participou da experiência.
Também visitaram a Organização Padre Aroldo, uma importante parceira que faz atendimento na área de álcool e drogas. Na Vigilância Sanitária, conversaram sobre a distritalização do município em relação à saúde e ações de vigilância e ainda visitaram o Centro de Educação dos Trabalhadores de Saúde (CETS).
O município encontra-se no estado de São Paulo, há aproximadamente 100 km da capital. A complexidade do sistema de saúde em Campinas levou à distritalização, que é o processo progressivo de descentralização do planejamento e gestão da saúde para áreas com cerca de 200.000 habitantes, que se iniciou com a atenção básica, seguido pelos serviços secundários próprios e posteriormente pelos serviços conveniados / contratados.
Por ser um Centro de Referência regional para o setor saúde, Campinas também absorve a demanda da região, sobrecarregando o seu próprio sistema municipal local tanto na atenção básica como na assistência secundária e terciária. A rede de serviços é composta por unidades de saúde próprias, conveniadas e contratadas, abrangendo a Atenção Básica e de Média e Alta Complexidade, buscando-se pelo funcionamento de forma organizada e hierarquizada.
Sobre a experiência exitosa, ressalta-se que havia um histórico de elevado número de casos confirmados de dengue no ano de 2007, o que levou a equipe a identificar a possível origem desse problema na presença de um grande número de recicladores que se configurava em pontos de riscos de transmissão da doença. Assim surgiu a iniciativa que teve como objetivo identificar, vincular, sensibilizar e educar os recicladores da região, em parceria com o Departamento de Limpeza Urbana (DLU).